Os participantes da ELOS puderam conferir em tempo real, via internet, as apresentações de resultados do Plano BD-ELOS/Eletrosul e do desempenho dos Perfis de Investimento do Plano CD, no dia 03 de maio.
Se você não conseguiu assistir no dia da apresentação, pode conferir abaixo o vídeo relativo ao seu Plano:
Plano BD-ELOS/Eletrosul
Plano CD Eletrosul
Confira abaixo os questionamentos feitos no chat do evento.
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 2017- Plano BD-ELOS/Eletrosul
Pergunta – Se a Eletrosul for privatizada, o que acontece com o Plano?
Resposta – As regras de um eventual processo de privatização da Eletrosul ainda não são conhecidas. Caso ocorra, elas poderão estar descritas no edital de venda, inclusive quanto à administração dos planos de previdência. Temos como exemplo o que ocorreu em 1997, na privatização do parque gerador da Eletrosul, comprado pela Gerasul, que manteve as mesmas regras do plano. A única alteração foi a mudança da administração do plano para uma nova entidade, no caso dos ativos. Os planos de previdência complementar fechados possuem patrimônios segregados, o que significa que os recursos não se misturam e são independentes da patrocinadora, que inclusive não tem acesso a esse dinheiro. Se o edital não mencionar sobre a obrigatoriedade de continuidade do plano de previdência, fica a critério da empresa compradora. Se ela optar em não manter o plano, em última análise ela poderá fazer a retirada de patrocínio. Neste caso, os recursos acumulados pelos participantes ativos e assistidos estão garantidos por lei.
Pergunta – Quais são as principais causas do déficit?
Resposta – O plano vem apresentando resultado deficitário desde 2013, mas vale ressaltar que no último ano, esse déficit diminuiu consideravelmente, em virtude das rentabilidades dos investimentos. Apesar do plano apresentar um déficit, não significa que seja insolvente, mas sim que devemos monitorar os resultados para que não tenhamos problemas no futuro. As principais causas do déficit foram: – a mudança de metodologia de cálculo imposta pela legislação quando ocorreu o fechamento do plano em 2009; – aumento salarial extraordinário no ano de 2010, que refletiu em um aumento do custo não previsto para o plano; – a longevidade dos participantes que nos obrigou a alterações significativas na Tábua de Mortalidade nos últimos anos. Todos esses fatores geraram um impacto financeiro ao plano e foram responsáveis por grande parte do déficit acumulado pelo plano, que hoje corresponde a cerca de R$ 22 milhões.
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 2017- Plano CD Eletrosul
Pergunta: Vale a pena mudar de perfil perto da aposentadoria?
Resposta: Essa pergunta é de um caráter delicado e bem particular de cada participante. Quando nós estamos próximos à aposentadoria, a gente tem que se preocupar com a preservação de capital, e não mais com o ganho financeiro. Não que o ganho financeiro não seja importante, ele é importante, mas a preservação de capital é maior. Porque próximo da aposentadoria, o participante já está com a sua reserva financeira praticamente concluída e essa reserva deve ser um volume expressivo. Então num mercado adverso, que a gente pode obter uma rentabilidade negativa, equivale a perdas significativas de patrimônio. E isso pode impactar na programação de recebimento dos benefícios. Então, eu acho que esse é o ponto mais relevante. Claro que num cenário positivo, isso vai trazer um ganho expressivo, mas a gente tem que se preocupar é com as eventualidades. É importante olhar as condições de cada participante para poder entender melhor. Eu acho que próximo da aposentadoria, uma postura mais conservadora é a mais adequada. A mais conservadora significa dizer redução de risco e na aposentadoria, obrigatoriamente, o participante tem que sair dos perfis B1, do B2 ou B3 e escolher entre A1 ou A2.
Pergunta: Existe um melhor perfil para se optar?
Resposta: Não existe nem melhor e nem pior, o perfil vem justamente para tentar atender as características individuais dos participantes. Tem participante que é mais conservador, então o perfil ideal pra ele é o B1. Tem aquele participante que tem perfil mais arrojado, ele gosta mais de risco, ele conhece o mercado financeiro, ele entende e uma rentabilidade negativa não vai tirar o sono dessa pessoa. Então o B2 e o B3 são adequados para esses perfis. Pra gente conhecer qual o nosso perfil ideal, dentro do portal da ELOS há um simulador e ali o participante pode fazer o teste e descobrir seu perfil de risco. Eu entendo que o perfil adequado pra esse participante optar é aquele que ele conhece as suas características, e que ele não vai perder o sono. Não adianta chegar um participante que só investe em poupança e querer comprar ações em bolsa, então o B3 não é adequado ao perfil dessa pessoa.
Pergunta: Qual o cenário econômico para 2018 e 2019?
Resposta: O cenário econômico é de desafios. Quando olhamos pra economia especificamente, temos um cenário vindo de uma recessão forte, por isso a taxa de juros saiu da casa dos 14% e está na casa dos seis. Aliada à recessão, a gente tem agora um cenário benigno que é a inflação na casa dos 2%. Então, a conjunção de recessão e queda da inflação possibilitou a queda da taxa de juros. Os economistas acham que esse cenário vai permanecer por um período relativamente médio, falando aí de 2018 a meados de 2019, que esses juros vão permanecer baixos e a inflação controlada. Esse cenário, por si só, é favorável para renda variável, porque a taxa de juros está baixa, a economia aquece, consequentemente há uma melhora do consumo, que resulta num ganho financeiro para as empresas e resulta na valorização das ações. Por essa razão, as pessoas e os perfis que tem uma maior exposição aos ativos de risco, de renda variável especificamente, são afetadas positivamente. Qual é o risco embutido agora? O risco é eleitoral. Então, quando nós temos as eleições, e isso vale para o Brasil e para qualquer país, a gente tem um cenário de volatilidade. Cada candidato tem uma política econômica, e não está claro ainda para o mercado financeiro e para os investidores se haverá a continuidade da responsabilidade fiscal. Se esse cenário permanecer, ele é positivo, se não permanecer um cenário de responsabilidade fiscal, a gente vai ter um crescimento da dívida pública, então quanto maior o endividamento, maior a taxa de juros. Isso é igual para uma empresa, isso é igual para uma pessoa física. Uma pessoa endividada que vai pedir um empréstimo, quando o banco vai fazer a análise de crédito e ele vê que essa pessoa é altamente endividada, o banco vai cobrar uma taxa de juros maior. Se essa pessoa tem um baixo endividamento e pedir um financiamento bancário, provavelmente essa taxa de juros vai ser menor. Isso vale para o governo. Então quando a gente fala de responsabilidade fiscal, significa dizer o que? É o controle da dívida pública. Uma dívida pública controlada favorece a um cenário de menor taxa de juros, uma dívida pública descontrolada, uma maior taxa de juros. Aí nesse cenário, o investidor que tem o maior risco é penalizado. Então o risco, nesse contexto, ele é mais político do que econômico.