Confira os detalhes sobre a rentabilidade de abril

Data de Publicação: 16/05/24

O mês de abril foi marcado por significativa volatilidade nos mercados financeiros globais, impulsionada por uma série de eventos que geraram incertezas e expectativas diversas. Nos Estados Unidos, a inflação persistentemente acima da meta de 2% gerou preocupações quanto à política monetária futura, levando a debates intensos sobre as possíveis ações do Federal Reserve (FED). O mercado financeiro está dividido entre os cenários de “pouso suave”, “pouso forçado” e “sem pouso”.

Contextualizando termos econômicos:

  • Pouso Suave (Soft Landing): Situação em que o banco central consegue controlar a inflação sem causar uma recessão, resultando em uma desaceleração moderada do crescimento econômico;
  • Pouso Forçado (Hard Landing): Quando as medidas para conter a inflação levam a uma recessão ou desaceleração econômica acentuada;
  • Sem Pouso (No Landing): Cenário em que a inflação persiste e a economia continua a crescer, mesmo com taxas de juros elevadas, potencialmente resultando em uma recessão futura.

A inflação nos EUA não tem caído conforme esperado pelo FED, devido, em grande parte, ao aumento dos preços dos combustíveis e do custo da habitação, influenciados por fatores como as ações da OPEP, conflitos no Oriente Médio e a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) revelou pressões inflacionárias contínuas, complicando ainda mais a tarefa do FED de alinhar a inflação à meta.

Essa incerteza refletiu-se na bolsa americana: o S&P 500 caiu 4,1%, o Nasdaq 100 diminuiu 4,4%, e o Dow Jones recuou 4,9% em abril. A economia americana, representando cerca de um quarto do PIB mundial, influencia globalmente, com a valorização do dólar pressionando a inflação em outros países e dificultando a redução das taxas de juros, especialmente nos mercados emergentes como o Brasil.

Impactos no Brasil

No Brasil, além dos fatores externos, questões domésticas contribuíram para a instabilidade. As mudanças nas metas fiscais e o ceticismo dos investidores geraram uma valorização do dólar em relação ao real e a queda da bolsa brasileira. O Ibovespa terminou abril com uma desvalorização de 1,70%, em 125,9 mil pontos. Embora tenha ensaiado uma recuperação nos primeiros dias do mês, alcançando 130 mil pontos, a maior marca desde fevereiro, o índice não sustentou os ganhos.

A busca por ativos mais seguros em meio à volatilidade do mercado elevou os rendimentos dos títulos públicos atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+, que registrou um rendimento real de mais de 6% ao ano. A percepção de cortes mais graduais na taxa Selic também influenciou o mercado, com expectativas de que reduções não cautelosas poderiam levar à saída de dólares do país, aumentando a inflação.

Cenário global e perspectivas

Conflitos geopolíticos no Oriente Médio e entre Rússia e Ucrânia adicionam pressão à economia global, com implicações como a inflação nos EUA e o aumento dos preços dos combustíveis. A China, por outro lado, surpreendeu positivamente com o crescimento do PIB no primeiro trimestre, impulsionando a demanda por commodities. As metas de crescimento do governo chinês são ambiciosas e têm impacto significativo nos mercados internacionais, especialmente no setor de commodities.

Desempenho dos planos de previdência complementar

Diante deste cenário, os planos da Elos apresentaram os seguintes desempenhos em abril:

  • Renda Fixa: Retorno de 0,68%;
  • Investimentos Estruturados: Queda de -0,48%;
  • Renda Variável: Queda de -4,27%, refletindo a turbulência do mercado;
  • Investimentos no Exterior: Alta de 3,05%, beneficiada pela diversificação global e exposição positiva ao dólar.

Indicadores de Mercado

O IPCA de abril foi de 0,38%, acumulando 1,95% no ano e 3,69% em 12 meses. O CDI retornou 0,89%, enquanto o IHFA caiu -1,49% e o MSCI World -0,45%. No câmbio, o dólar fechou em alta de 3,54%, impulsionado pelos fatores mencionados, como conflitos geopolíticos e expectativas de política monetária nos EUA, além dos riscos fiscais no Brasil.

A volatilidade e incerteza nos mercados globais em abril destacam a importância de uma estratégia de investimento diversificada para proteger e maximizar os retornos dos planos de previdência complementar.

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