A previdência complementar, também chamada de previdência privada, é um tipo de investimento em que um trabalhador realiza aportes mês a mês, com o objetivo de complementar os benefícios oferecidos pelo regime geral de previdência social (INSS).
Por ser uma escolha facultativa e de investimento de longo prazo, muitas pessoas deixam a previdência complementar no fim de suas listas de prioridades, confiando seus futuros somente ao INSS, que é instável, tem passado por alterações de regras, e tem limitações.
Veja: hoje o teto do INSS é R$7.087,22. Isso quer dizer que independentemente do salário que um trabalhador esteja recebendo, este é o valor máximo que poderá receber ao se aposentar. A ideia da previdência complementar é justamente criar uma reserva que permita o recebimento de um valor maior em sua aposentadoria, sem depender exclusivamente do INSS.
Nas modalidades PGBL (planos abertos) ou CD – Contribuição Definida (planos fechados) da previdência complementar, tudo que é investido é seu! Você constrói um patrimônio e depois pode retirar o saldo e todo o rendimento proporcionado pelos juros compostos ao longo dos anos. Isso significa que se trata de um investimento de longo prazo, que opera no regime de capitalização – quando o beneficiário recebe aquilo que poupou. Este tipo de recebimento é diferente do INSS, já que o que hoje pagamos à Previdência Social não garante a nossa aposentadoria, e sim daqueles que já estão aposentados.
Atualmente, no mercado brasileiro existem dois tipos de plano de previdência complementar: abertos e fechados.
- Os planos abertos são comercializados por instituições financeiras como bancos e seguradoras e podem ser adquiridos por qualquer pessoa. A previdência aberta precisa seguir as regras estabelecidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão do Ministério da Economia responsável pela fiscalização do segmento.
- Já os planos fechados, conhecidos também como fundos de pensão, são criados por empresas ou outras entidades, exclusivamente para atender seus funcionários ou associados. Geralmente, esta opção é oferecida por uma empresa aos seus funcionários como um benefício, assim como vale-refeição e alimentação. O órgão responsável pela fiscalização, nesse caso, é a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), também ligada ao Ministério da Economia.
Para analisar e escolher que tipo de plano faz mais sentido para você, é importante responder às seguintes perguntas:
- Por quanto tempo quero investir?
- Quais são os valores de taxas?
- Por quanto tempo quero receber?
- De que maneira pretendo investir (mensalmente ou aplicações esporádicas)?
- A empresa em que trabalho oferece uma previdência complementar exclusiva para funcionários?
Veja outras vantagens de investir em previdência:
- Facilidades para a sucessão: Não é preciso fazer um inventário para destinar os recursos da previdência aos herdeiros após a morte;
- Possibilidade de recebimento de contrapartida: no caso da previdência complementar fechada, ou seja, aquela oferecida por empresas aos seus funcionários, ainda há a possibilidade de receber uma contrapartida da empresa, o que faz com que o seu patrimônio cresça ainda mais rápido.
- Imposto de Renda menor: Os valores destinados à previdência podem ser deduzidos do cálculo do Imposto de Renda até 12% da renda bruta tributável anual do titular.
A propósito, também fica aqui um ponto de atenção a ser observado: as taxas agregadas! Em alguns tipos de previdência complementar como em instituições financeiras ou seguradoras, podem existir taxas de carregamento e/ou de saída de recursos, o que pode atrapalhar a rentabilidade.
Fique atento e faça sua melhor escolha. Lembre-se que quanto antes iniciar seu planejamento para o futuro, melhor.
Referências:
https://www.infomoney.com.br/guias/planos-de-previdencia-privada/
https://www.onze.com.br/blog/previdencia-complementar-o-que-e-e-por-que-ter-uma/