Saúde e Bem Estar

Setembro Amarelo: conexões que salvam vidas

Data de Publicação: 20/09/23

O mês de setembro é dedicado à conscientização sobre a saúde mental e a prevenção ao suicídio, um período marcado pela campanha conhecida como “Setembro Amarelo”. Problemas como estresse, ansiedade e depressão afetam milhões de pessoas em todo o mundo, mas o estigma em torno dessas questões ainda persiste, o que impede a procura de ajuda ou de levar a sério o sofrimento de terceiros.

Mas o problema é real, e o número de pessoas que passam por isso vem aumentando a cada ano. De acordo com um estudo da Unicamp, 17% dos brasileiros já pensaram seriamente em suicídio em algum momento da vida, enquanto 4,8% desses chegaram a planejar o ato propriamente dito. Estima-se que, diariamente no Brasil, 32 pessoas tiram a própria vida. Na maior parte das vezes, o suicídio está relacionado a questões sociais e culturais, como o isolamento, a falta de apoio, a ausência de laços e a pressão do dia a dia, que podem aumentar os sentimentos de desespero e impotência. 

Conscientização e prevenção

O Setembro Amarelo é uma oportunidade para quebrar os tabus e propor diálogos sobre saúde mental, seja a sua própria ou a de entes queridos. Ao espalhar informações e relatos de pessoas que passaram por situações semelhantes, construímos laços de confiança e podemos encorajar uns aos outros a procurar ajuda. Se mostrar presente também é uma maneira de demonstrar apoio, livre de julgamentos ou repressões. 

Manter laços com a família e com os amigos fazem toda a diferença. Nos momentos difíceis, ter uma rede de apoio garante acolhimento, algo fundamental nesse contexto. Demonstrações de afeto devem ser encorajadas, sejam elas físicas ou através de palavras de carinho.

Também é preciso se desvincular da ideia de que pensamentos suicidas e transtornos mentais tem relação com questões religiosas ou ideológicas; esse tipo de abordagem pode agravar a dor e a culpa da vítima, ou de familiares que estão sofrendo com uma perda. Além disso, é importante saber quando devemos agir ativamente – respeitar limites também é uma forma de ajuda. Ouça o que a pessoa precisa, respeite o espaço dela e encoraje-a a procurar ajuda profissional, se necessário.

Não negligencie sua saúde mental, e fique atento aos sinais de pessoas próximas. Cuidar de si mesmo e dos outros é um ato de amor e compaixão. Ao promover uma cultura de apoio mútuo, podemos construir comunidades mais saudáveis, onde todos tenham a oportunidade de prosperar emocionalmente e de desfrutar de bem-estar. 

Caso você esteja passando por um momento de angústia ou conheça alguém que esteja, é possível buscar ajuda gratuita junto ao Centro de Valorização da Vida (CVV). Eles disponibilizam suporte emocional e acolhimento através do chat ou pelo telefone 188.